E-commerce ganha nova experiência com loja no metaverso

16/12/2021

Tecnologia

E-commerce ganha nova experiência com loja no metaverso

A evolução tecnológica anda a passos largos, mas a capacidade de adoção das empresas ainda é bastante desigual. Um exemplo disso está na nova tendência do e-commerce: enquanto alguns negócios recém começaram a vender pela internet, movidos pelo cenário de pandemia, grandes marcas já estão abrindo lojas no metaverso.

O próprio metaverso já é uma das grandes tendências para 2022, que consiste em espaços compartilhados no meio virtual em que as pessoas podem interagir. Além disso, está se desenvolvendo toda uma economia digital, incluindo produtos que só existem on-line, como skins (peles ou roupas) de personagens de jogos.

É nesse sentido que as marcas estão explorando uma nova frente de negócios e uma forma interativa de chegar a um perfil de consumidor superconectado. Descubra a seguir mais sobre essa experiência da loja no metaverso.

Loja 3D é um passo inicial para o metaverso 

De acordo com a Kantar IBOPE Media, 6% dos internautas brasileiros acessam ambientes virtualizados. Pode parecer um número ainda pouco expressivo, mas a partir da Geração Z a adoção desses espaços deve se intensificar.

Entretanto, já existe um espaço bastante ocupado pelos brasileiros: o e-commerce. No Brasil, existem mais de 80 milhões de consumidores on-line, que movimentam quase R$ 90 bilhões por ano, segundo pesquisa da Ebit | Nielsen.

Então, antes de mergulharem de vez no metaverso, as marcas podem proporcionar experiências mais imersivas no comércio eletrônico. A ideia em si não é nova, mas serve de passo inicial para as marcas integrarem novas experiências de compra on-line, como a realidade virtual, jogos e a interação por meio de avatares.

Um exemplo disso é a loja interativa da Lacta, produzida pela startup israelense ByondXR. O espaço 360° simula uma experiência de loja física, com a possibilidade de compra de chocolates bem reais, e também traz um toque de gamificação para tornar o uso mais divertido para o consumidor.

Segundo Noam Levavi, CEO da ByondXR, os consumidores passam 250% mais tempo em lojas virtuais desse tipo.

Outro exemplo de loja 3D na internet é FARM Na Nuvem. Além de poder passear pela simulação do espaço físico e comprar produtos, o público tem acesso a vídeos, cupons de desconto e outros recursos espalhados pelo ambiente digital.

Com a popularização do e-commerce, é importante que as marcas pensem em como se destacar nas compras pela internet.

Leia também: Metaverso: o que significa essa tendência?

Identidades digitais movimentam uma economia digital. (Foto via Freepik).

Novos recursos para o e-commerce 

Outra aposta do varejo são os provadores virtuais, especialmente úteis no comércio de vestuário, calçados e acessórios. Mas essa ferramenta também ganha espaço em segmentos como o de maquiagem, caso da Lancôme com seu Virtual Makeup.

A proposta da Lancôme é permitir ao público testar virtualmente os produtos por meio da realidade aumentada. Usando a câmera do celular ou uma foto da pessoa, é possível ver como as maquiagens ficam no rosto.

Na moda, a empresa catarinense Sizebay tem se destacado por oferecer um provador virtual a grandes marcas globais, do porte de Nike, Diesel, Tommy Hilfiger, entre muitas outras. As principais vantagens desse recurso são: aumentar a taxa de conversão, aumentar o ticket médio e diminuir as trocas e devoluções, tudo por meio de uma jornada de compra mais personalizada.

Enquanto isso, a Renner fez uma parceria com o Snapchat, permitindo que os consumidores experimentem calçados em realidade aumentada.

Embora não sejam propriamente do metaverso, esses recursos logo devem ser integrados a um ambiente que permite interações entre pessoas. Imagine um jogo em que o indivíduo entre em uma loja virtual de uma marca e possa experimentar produtos que existem na vida real, como uma camiseta. Ele informa suas medidas e pode vestir a peça no seu avatar digital. Então, será capaz de fechar a compra dentro do próprio jogo e continuar com a experiência on-line, recebendo o produto físico em casa.

Leia também: Omnichannel acelera as lojas físicas por meio do digital

Loja no metaverso com produtos 100% digitais

Quando entramos de fato no metaverso, o cenário se parece ainda mais com uma história de ficção científica.

Além de uma loja no metaverso vender produtos reais, também é possível vender produtos que só existem no ambiente digital. É o caso da Gucci, que vendeu uma bolsa virtual dentro da plataforma Roblox — um mundo de simulação com mais de 700 milhões de usuários por mês — ao preço de 5,50 dólares. No entanto, devido ao caráter limitado da venda, logo o item chegou a ser revendido por mais de 4 mil dólares.

Sim, a venda de itens 100% digitais já movimenta fortunas.

De olho nessa tendência, a Nike comprou a RTFKT, empresa que cria produtos digitais para serem usados por personagens e avatares em plataformas como Roblox e GTA.

Então, não se espante se logo surgirem guias de tendência de moda para personagens virtuais. O futuro bate à porta e algumas marcas já deram as boas-vindas para ele.

Para saber mais sobre as transformações que vêm por aí, descubra as tendências de mídia que vão marcar o futuro próximo.

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