O que são metodologias ágeis e quais são as principais?

22/02/2021

Marketing

O que são metodologias ágeis e quais são as principais?

Como ter uma vantagem competitiva no mercado e criar soluções que atendam às necessidades do público, que estão sempre em rápida evolução? No setor de tecnologia, parte da resposta está no processo de desenvolvimento. Para haver soluções ágeis, são necessárias metodologias ágeis por trás delas.

Você provavelmente já ouviu falar sobre elas. Talvez tenha lido nomes como Kanban, Scrum e Lean pela internet. Mas do que isso se trata, de fato?

Não é preciso complicar o assunto. Vamos apresentar o básico das metodologias ágeis para mostrar as vantagens delas, alguns exemplos de métodos e até como aplicar na sua empresa. Acompanhe!

O que são metodologias ágeis?

O conceito de metodologias ágeis se consolidou nos anos 1990, dentro da área de desenvolvimento de software, como forma de atualizar a gestão de projetos à dinâmica das soluções tecnológicas.

O processo de desenvolvimento baseado em etapas em cascata (planejamento, design, construção, teste e entrega) pode ser ótimo para calçados e carros, mas não tanto para a criação de aplicativos, por exemplo. As metodologias tradicionais ou clássicas são mais adequadas para quando se sabe o que fazer e como fazer. Já as metodologias ágeis são indicadas a projetos inovadores, como os de tecnologia, em que se “o caminho se faz ao caminhar”. Nestas, o prazo para entregar o projeto é a única certeza.

Em resumo, as metodologias ágeis dividem o desenvolvimento de produtos em ciclos que vão incrementando funções à solução. Esses ciclos são curtos, durando entre uma e quatro semanas, o que acelera as entregas, os testes e as validações com clientes ou público final.

Cada período desses é chamado iteração ou sprint. Neles, equipes interdisciplinares trabalham em simultâneo, cada qual em suas tarefas. A comunicação entre os profissionais, portanto, deve ser contínua e transparente, mantendo todos informados sobre o status de cada etapa.

Na prática, isso permite colocar produtos no mercado com maior rapidez, menos erros e maior alinhamento com as necessidades de cada momento. Também reduz a necessidade de planejamentos distantes, que podem tornar-se desnecessários com mudanças no projeto, e dá maior poder de adaptação à equipe.

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Vantagens de usar uma metodologia ágil em projetos

Soluções que levariam meses ou anos para serem desenvolvidas podem ser aceleradas para ficarem prontas em semanas.

Vamos usar o cenário de transformação rápida da pandemia como exemplo. No início do distanciamento social em 2020, restaurantes e lanchonetes precisaram migrar para o sistema de entrega. Mas havia um problema nisso: os aplicativos mais famosos do mercado cobram taxas de até 30% sobre o valor pedido.

Aí entra a Zygo com o Delivery do Bem. Com uma solução mínima viável, no fim de março de 2020 o produto já estava no ar, sem cobrança de taxas e atendendo à necessidade dos negócios locais. Isso reflete uma das lições das metodologias ágeis: é melhor ter uma ferramenta mais simples, mas que funciona no contexto em que é apresentada, do que aguardar por uma solução mais complexa que chega atrasada ao mercado.

Então, podemos condensar as vantagens das metodologias ágeis da seguinte forma:

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Kanban é um exemplo de metodologia ágil fácil de aplicar. (Foto via Freepik)

Exemplos de metodologias ágeis

Kanban

Kanban é o jeito mais fácil de aplicar uma metodologia ágil na sua empresa, mesmo que esteja longe de desenvolver aplicativos ou softwares.

Este método é extremamente simples e visual. Nele, as atividades de um projeto são organizadas em três colunas:

Elas podem ser dispostas em papéis coloridos em uma parede ou estruturadas virtualmente em uma ferramenta como o Trello. O importante é manter atualizada a evolução de cada tarefa.

Scrum

Scrum é a metodologia ágil mais famosa e pode ser usada em combinação com outras desta lista.

Por meio dela, são definidas três funções essenciais em um projeto:

Na metodologia Scrum, são feitas reuniões diárias de atualização das etapas com o que foi feito desde a última reunião e o que se pretende produzir em seguida. Isso permite fazer ajustes no processo para a conclusão de cada sprint, que dura até 30 dias.

eXtreme Programming (XP), ou programação extrema

O método ágil XP, assim como os demais, baseia-se na divisão do projeto em fases curtas e priorização de funcionalidades que serão entregues em cada fase.

No entanto, algumas características dele se destacam. A primeira delas é a simplicidade: fazer o que o cliente ou usuário final deseja como solução, sem inventar além do necessário.

A segunda é o maior envolvimento do usuário. Por meio de depoimentos ou histórias, coletam-se as funcionalidades esperadas. Por exemplo, ao criar um aplicativo de exercícios, pode-se entrevistar alguns representantes do público-alvo para descobrir os hábitos deles e como uma solução digital seria útil na rotina.

A partir disso, são definidas as prioridades de cada iteração, para então serem validadas por esses usuários.

Por fim, outra característica marcante do XP é a programação em pares. Dois programadores trabalham juntos, um como “motorista” e outro como “navegador”, revezando-se. A ideia é que um revise, questione e apoie o outro em tempo real, poupando tempo de desenvolvimento e contribuindo para a maior qualidade nas entregas. 

Feature-Driven Development (FDD)

Esta metodologia pode ser traduzida como “desenvolvimento orientado pelas funcionalidades”. Isto é, no método FDD, as novas funcionalidades são trabalhadas de forma incremental e por ciclos de construção. Estes não devem durar mais que duas semanas.

Primeiro começa-se com uma visão geral do negócio ou do problema que precisa ser resolvido com o projeto. Então, é feita uma lista com as funções necessárias que o produto deve ter, em ordem de prioridade. Isso dura entre uma e duas semanas.

A parte seguinte refere-se a design e construção. Se alguma das funções for complexa demais para o prazo de duas semanas, ela deve ser dividida em partes menores.

Ao fim de cada ciclo, são feitos testes e inspeções no código da funcionalidade desenvolvida, antes de se passar para a próxima na lista.

Lean startup, ou startup enxuta

A metodologia Lean ajudou a popularizar o conceito de produto mínimo viável. Ou seja, “a versão de um novo produto que permite coletar o máximo de validação sobre os consumidores, com o mínimo de esforço”, nas palavras de Eric Ries, autor do livro A Startup Enxuta.

Ela visa a reduzir ciclos de desenvolvimento de produtos, identificar gargalos e testar modelos de negócio sem grande perda de tempo ou de recursos. Por isso é comumente usada no ecossistema das startups, para validar ou rejeitar ideias em um processo de construir protótipos, experimentar junto ao público e aprender com os dados.

Ainda que as metodologias ágeis tenham surgido no setor de tecnologia, os princípios de organização de prioridades, entregas mais curtas entre si e muitos testes e alinhamentos ao longo do processo podem ajudar quaisquer empresas.

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