Globo mostra os desafios profissionais da mulher no Brasil

06/01/2021

Novidade do setor

Globo mostra os desafios profissionais da mulher no Brasil

Conhecer o público é dever de toda pessoa que trabalhe com comunicação, marketing e vendas. E se há um perfil que merece destaque, com certeza é o da mulher no Brasil.

Entre os cerca de 210 milhões de habitantes no País, de acordo com o IBGE, a população feminina representa 52% desse total.

Mas as mulheres não formam apenas uma maioria numérica. Elas se destacam pelo empreendedorismo feminino, pelo nível de escolaridade, pela responsabilidade dentro dos lares brasileiros e pelos desafios que enfrentam. As mulheres no Brasil sentem orgulho de tudo isso, das mais novas às mais maduras, porque sabem muito bem as dificuldades de ser quem são.

Entender esse perfil é também uma forma de poder contribuir com o empoderamento feminino e ajudar na luta das mulheres no mercado de trabalho, em sociedade e dentro de casa. Nesse sentido, um estudo da Globo traz alguns dados interessantes para analisarmos o assunto. Confira alguns pontos-chave desse material, que você pode baixar gratuitamente a seguir.

A mulher no Brasil busca oportunidades

Foi-se o tempo em que a maternidade era a principal ocupação da mulher no Brasil. Hoje elas desejam definir-se por si próprias, nos estudos e no trabalho.

Um reflexo disso está na média de filhos por mulher ao longo das décadas. Até 1970, essa taxa estava em 5,76 filhos, segundo o IBGE. Em 2019, o número caiu para 1,7. Com isso, elas podem ser mais ativas em outras esferas da vida.

De acordo com o estudo da Globo, a educação assume um papel de libertação para a mulher no Brasil. Estudar é um desejo comum entre diferentes faixas etárias, seja para mudar de área de atuação, seja para avançar na carreira com cursos e especializações.

Como prova desse esforço, o público feminino tem maior nível de escolaridade e passa mais tempo estudando que o masculino. Entre mulheres e homens acima de 25 anos, 21% delas possuem nível superior, contra 17% deles. Além disso, elas estudam por dez anos, em média, ante os nove anos e meio dos homens.

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Mais mulheres têm preferido adiar a gestação, priorizando a formação e a carreira. (Foto via Freepik)

Desigualdade no mercado de trabalho

Essa maior escolaridade, no entanto, não tem se traduzido em melhores condições no mercado de trabalho. Ainda há uma desigualdade salarial e de oportunidades oferecidas com relação aos profissionais masculinos e a maternidade precisa ser revista dentro das empresas.

De acordo com a Agência Sebrae, 48% das microempresas individuais no Brasil são de profissionais mulheres. E a principal razão que as leva por esse caminho é a necessidade, especialmente após tornarem-se mães.

Dados da Rede Mulher Empreendedora mostram que 75% das empreendedoras decidem ter um negócio próprio depois da maternidade. Esse percentual é ainda maior na classe C, chegando a 83%.

A busca por fonte de renda própria ou alternativa é natural quando há uma diferença de salários entre homens e mulheres — e o reingresso no meio profissional é dificultado pelo fato de ser mãe. Segundo a Pnad Contínua do IBGE, a média salarial entre homens com ensino superior é de R$ 6.292. Para elas, a média fica em R$ 3.876.

Elas têm dificuldade de inserir-se em todo o espectro do mercado de trabalho. A começar pelo desemprego, que é maior entre as mulheres. Na outra ponta, há um “teto de vidro” que dificulta o acesso a cargos mais elevados. Como revela o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, apenas 19% dos cargos de liderança são exercidos por mulheres no Brasil.

Essa realidade é prejudicial não só ao público feminino, como às empresas. A Organização Internacional do Trabalho aponta que quase três entre quatro negócios que promovem a diversidade de gênero nos cargos de direção relatam aumento de 5% a 20% nos lucros, dados esses obtidos em uma pesquisa com 13 mil empresas de 70 países.

Ou seja, promover a diversidade nas lideranças é bom para o equilíbrio social e para o sucesso nos negócios.

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A questão da maternidade para a mulher brasileira

Outro ponto importante relacionado à maternidade, mesmo com a redução na taxa de fecundidade, é que os cuidados com a casa e com os filhos ainda não são bem distribuídos entre homens e mulheres.

Em grande parte dos casos, sequer há a figura masculina. Em 21% dos lares brasileiros o pai está ausente, segundo o IBGE.

Nem as mulheres que trabalham fora de casa estão livres da sobrecarga dos afazeres domésticos. Enquanto esse grupo dedica 18,5 horas por semana a tais tarefas, os homens passam 10 horas com essas atividades.

A pandemia ainda piorou a situação. Como revela a MindMiners, as mulheres sentem-se mais cansadas e não é à toa: 20% delas declaram ter absorvido mais tarefas domésticas no último ano, além da rotina de trabalho que já desempenham.

Saiba mais sobre o perfil da mulher no Brasil

A mulher brasileira também é um importante agente econômico. Mesmo diante das dificuldades no mercado de trabalho, da desigualdade salarial e do peso das tarefas em casa, ela tem controle financeiro sobre o lar.

Um número crescente de famílias (48,7%) são chefiadas por elas e, de acordo com uma pesquisa da agência J. Walter Thompson, as mulheres são responsáveis pelas decisões de compra em 61% das casas brasileiras.

Por tudo isso, vale a pena conferir o estudo da Globo sobre a mulher no Brasil. Nele você ainda saberá:

Baixe o estudo e veja todos os detalhes que ajudarão você a entender melhor esse público.

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