Com segmento náutico em alta, marinas se consolidam e buscam ampliação em Santa Catarina

Array 02/02/2022

Novidades no setor

Com segmento náutico em alta, marinas se consolidam e buscam ampliação em Santa Catarina

Referência na produção náutica brasileira e sede dos maiores estaleiros do país, Santa Catarina consagra o momento de boom desse segmento nos últimos anos com a melhoria da infraestrutura nas marinas – elo fundamental dessa cadeia produtiva.   

Com uma costa com 561 km de extensão de praias visitadas por turistas de todo o mundo, hoje o estado possui em torno de 120 marinas, de acordo com a Associação Náutica (Acatmar). Ainda segundo a entidade, a previsão é que 12 novas estruturas no litoral e águas interiores sejam inauguradas ainda neste ano. No final de janeiro, o governo do estado assinou um convênio para a construção do Parque do Porto Náutico de Itá, com investimento de R$ 965 mil para fomentar a economia do setor.

Em 2022, a Marina de Itajaí, município considerado o polo náutico no estado e também um dos principais do país, completa seis anos e deve ampliar ainda mais a estrutura disponibilizada aos amantes do mar. No final do ano passado, a marina foi a primeira empresa de Itajaí a hastear a Bandeira Azul, certificação Internacional de comprometimento ambiental.

Carlos Gayoso, diretor da marina,  conta que a unidade abriga mais de 230 barcos. Inicialmente com 20 funcionários, esse número já dobrou. Para Gayoso, a marina é a última peça que faltava no turismo náutico da região e ajuda a incentivar esse setor em plena expansão.

– Os maiores estaleiros do Brasil estão na região, então a marina veio para consagrar o polo náutico catarinense e completar a experiência. Tem um estudo que diz que cada embarcação gera  três empregos diretos. Aqui, seriam 1500 empregos gerados.  Por dia, passam mais de 200 navegadores. Trabalhamos muito com atendimento ao público, a gente tem uma equipe de escritório, mas que funciona quase 24h, operando sete dias por semana.

Segurança na manutenção e  armazenamento são os principais atrativos de uma unidade como esta. Local onde são guardadas as embarcações, com todos os cuidados necessários, a marina de Itajaí buscou se diferenciar das demais ao oferecer também opções de entretenimento para os clientes com ou sem embarcações. O objetivo é abrir o espaço para que o público conheça a cultura náutica e também se apaixone pelo mundo em alto mar.

– Temos também dois restaurantes e um café, que funcionam seis dias por semana, para  qualquer um que quiser conhecer a marina e conhecer um pouco mais as estruturas, ter contato com o meio náutico – detalha Gayoso.

Viver embarcado 

Apesar de estar mais relacionado ao turismo, o segmento náutico também conta com famílias que apostaram na embarcação como uma forma diferente de moradia – vivendo dentro dos barcos.  Na marina de Itajaí, quase 30 famílias vivem desta forma e possuem a segurança de estar em um ambiente monitorado 24h.

Segmento náutico em alta.

– As pessoas estão buscando cada vez mais tanto para questão de moradia, tem quase 50 pessoas aqui na marina que moram a bordo, e tem também quem vê como lazer. Isso se transformou em uma cultura, cada vez vemos mais jovens e famílias buscando esse estilo de vida. Na pandemia também, as pessoas passaram a sair dos apartamentos fechados e viram que era possível sair com a família em segurança  – afirma o diretor do estabelecimento.

Em plena expansão

Hoje, a marina pode comportar até 355 embarcações em vagas secas e molhadas. Para as vagas molhadas, são desde pequenas embarcações até iates com mais de 180 pés. Já as vagas secas possuem capacidade para embarcações de até 60 pés nos hangares cobertos.

No entanto, a meta é expandir esse número para que, nos próximos anos, possa comportar mais de 900 embarcações e se consolidar como um dos maiores complexos náuticos do hemisfério sul.  Além disso, também está nos planos a instalação de um centro comercial e de lazer no futuro complexo.

Luciano Moura, Carlos Gayoso e Fernando Bergoli.

– Quando iniciamos os trabalhos, o objetivo era ser a maior marina do Brasil. Hoje, somos a segunda maior marina do país, como a gente vem se destacando no segmento náutico, apesar de ser uma marina nova, a tendência é crescer nos próximos anos cada vez mais. Divulgar a cultura, a experiência, que cada vez mais as pessoas tenham esse lazer, que vejam que não é somente de extremo luxo – completa o diretor.

Feira náutica ocorre em julho 

Além das facilidades como posto de combustível, loja de conveniências, área gastronômica, estacionamento e heliponto, a marina também é palco para a realização de uma série de eventos, de regatas internacionais, palestras, desfiles e apresentações culturais.

Entre os eventos está a Feira Náutica, que será realizada em julho deste ano. Após dois anos sem a realização do encontro devido à crise sanitária, a Feira, que está entre uma das maiores do país, chega a sua quinta edição, com expectativa de movimentar mais de 17 mil pessoas em quatro dias de evento.

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