Agronegócio no Brasil: o que esperar do setor?

Array 18/12/2020

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Agronegócio no Brasil: o que esperar do setor?

O agronegócio é um setor que combina as forças da agricultura e pecuária. Mas vai além: abrange toda a cadeia produtiva dessas indústrias, envolvendo desde sementes e máquinas até o processamento, transporte e distribuição de produtos.

No País, ele desempenha um importante papel na economia brasileira, tendo sido responsável em 2020 por amenizar o impacto econômico da crise gerada pelo novo coronavírus. Além disso — e acima de tudo — o agronegócio no Brasil tem uma perspectiva bastante favorável pela frente.

Para entender melhor o papel do agro no Brasil, a importância dele para economia e o que esperar do setor, a Globo reuniu dados essenciais sobre o assunto em um documento interno. Mas o Negócios SC traz aqui os principais insights desse estudo para você ficar por dentro de tudo. Vamos lá?

O papel do agronegócio no Brasil para nossa economia

Há de se destacar, primeiramente, a importância do agronegócio no panorama econômico nacional. 

Em 2019, o setor participou com 21,2% do PIB brasileiro, um valor correspondente a R$ 1,55 trilhão (do total de R$ 7,3 trilhões, segundo o IBGE). A previsão do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) é de que o PIB do agronegócio feche 2020 com um crescimento de 1,5%, e tenha mais 3,2% em 2021.

Como é de se imaginar, estamos falando também de um grande gerador de empregos no País: em 2019, eram 18,37 milhões de trabalhadores no agronegócio, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). E mesmo em 2020, quando o Brasil perdeu 1,2 milhão de postos de trabalho, a agropecuária abriu 6,2 mil novas vagas.

Em meio ao cenário adverso da pandemia, o agronegócio no Brasil ainda bateu recorde de exportações. Entre janeiro e julho de 2020, foi atingida a marca de 61,2 bilhões de dólares em produtos exportados. A soja em grão é a principal responsável pelo saldo, gerando sozinha 23,8 bilhões de dólares em exportação, seguida à distância por carne bovina, celulose, açúcar de cana em bruto e farelo de soja. China, União Europeia e Estados Unidos são os principais compradores.

Diante da crise, o agronegócio conseguiu até reduzir o impacto econômico da Covid-19 para o Brasil. Como prova disso, no segundo trimestre de 2020 o PIB do agronegócio cresceu 0,4%, enquanto o setor de serviços viu uma queda de 9,7% e a indústria retrocedeu 12,3%.

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O agronegócio continuará sendo responsável por movimentar o Brasil. (Foto via Freepik)

Previsões para a safra de grãos 2020/2021

A boa safra de grãos é um dos motivos que vêm contribuir para esses bons resultados. Diversos commodities encontraram não somente um período de produção elevada, como o dólar em alta favoreceu o exportador em 2020.

Na safra 2020/2021, a produção de arroz deve ser 7,2% maior em relação à safra anterior, conforme revela a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no relatório “Perspectivas para a Agropecuária – Volume 8 – Safra 2020/2021 – Edição Grãos”. Milho e soja também deverão crescer 12% e 7,3%, respectivamente. O feijão, por outro lado, deve ter uma produção 4,4% menor.

O volume bruto da produção agropecuária já ultrapassa os R$ 700 bilhões por ano, com a soja em grãos e o milho entre o “top 3” de maiores contribuições para esse total. A pecuária de corte aparece entre eles, no segundo lugar, completando o ranking. Juntos, esses três segmentos faturaram R$ 406 bilhões em 2020 e devem continuar nesse ritmo se o cenário de exportação manter-se favorável.

Leia também: Locavorismo: a solução para a cadeia de alimentos na crise?

E o agronegócio brasileiro no longo prazo?

O estudo da Globo aponta que o agronegócio no Brasil será o grande fornecedor de alimentos do futuro. Isto é, do próprio País, mas também do mundo. E destaca:

“Mesmo com ritmo de crescimento menor do que nos anos anteriores, o agronegócio brasileiro continua com desempenho acima da média mundial em produção e exportação e ganha participação de mercado”.

O País deverá ganhar, ao longo da próxima década, uma fatia de mercado ainda maior com as produções de soja, milho, açúcar, além das carnes bovina, suína e de frango.

Para se ter uma melhor ideia desse crescimento, vamos usar os exemplos da soja e da carne de frango. Em 2019, o Brasil era responsável por 47% do mercado mundial de soja. Em 2029, serão 53%. Situação semelhante deve ocorrer com a carne de frango: de 36% do mercado global em 2019, chegará aos 44% em 2029.

A Globo também traz alguns destaques para o agronegócio na região Sul, que dizem respeito a Santa Catarina, com base nas previsões do Outlook FIESP 2029:

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