O que são D2C brands, ou marcas direto para o consumidor?

05/11/2019

Marketing

O que são D2C brands, ou marcas direto para o consumidor?

A transformação digital não só trouxe consigo produtos e serviços inimagináveis até há alguns anos, como possibilitou a otimização dos mais variados processos internos e externos dos negócios. Mais do que isso, proporcionou também o fortalecimento de um novo modelo de marcas direto para o consumidor.

Empresas nativas da era digital e até mesmo grandes companhias já consolidadas veem nesse modelo uma forma de estreitar a relação com o público-alvo e, claro, aumentar os lucros. Veja a seguir como ele funciona e por que é tendência.

O que são D2C Brands e como funcionam?

Direct brands, ou direct to consumer, ou ainda marcas direto para o consumidor, têm como princípio cortar intermediários entre o fluxo de produção e comercialização. Ao centralizar a disponibilização dos produtos ou serviços por meio da própria marca, elas se relacionam de uma forma muito mais próxima com os clientes.

Entretanto, nem sempre a empresa internalizará absolutamente todas as funções. Ela pode não ter uma fábrica e apenas controlar a produção de artigos personalizados para o público dela. Ou poderá contar com um parceiro estratégico de comunicação. O que a torna direta é o fato de os consumidores poderem comprar diretamente por ela.

Uma diferença clara entre o modelo tradicional e o modelo das direct brands pode ser vista no mercado das lâminas de barbear. A Gillette, por exemplo, tem produtos em supermercados, farmácias, lojas de conveniência, entre tantos outros pontos de venda. Por causa disso, a marca não tem controle sobre como os produtos são apresentados ao consumidor final ou mesmo sobre o preço de cada estabelecimento.

Já uma direct brand como Dollar Shave Club, um serviço de assinatura nos EUA de produtos de barbear, tem controle sobre as vendas (canal on-line) e sobre a distribuição (entrega para os assinantes), além da criação dos produtos que serão oferecidos.

No Brasil, a Amaro é um exemplo frequentemente citado de empresa DTC. Ela elimina a etapa do distribuidor, como as lojas multimarcas, e foca a comercialização diretamente em marketplaces e no site próprio. Para a marca, isso fortalece sua imagem. Para o consumidor, há menos custos de terceiros envolvidos.

Leia também: Varejo físico e e-commerce: colocando duas esferas para conversar

Modelo de venda direto para o consumidor da Amaro. (Fonte)

A importância dos canais de venda digitais

As marcas direto para o consumidor não precisam ser exclusivamente digitais, mas a venda on-line tem um papel essencial nesse modelo.

Muitas delas nasceram já digitais enquanto outras, do porte de Nike e Nestlé, adaptaram-se à nova realidade do mercado para oferecer opções diretas de compra. Especialmente entre o público dos 22 aos 34 anos, com maior renda, a busca por produtos ou serviços de nicho o acaba levando até essas marcas que oferecem algo diferenciado a ele.

O papel da venda digital — e não só do e-commerce próprio, mas dos marketplaces, das vendas pelas redes sociais etc. — é o de facilitar e encurtar caminhos. Em vez de o consumidor procurar quem vende determinado produto em sua região, ele acessa os canais da própria marca e neles já faz a compra. A marca então se torna onipresente.

Lojas físicas podem, assim, ter um papel mais estratégico na relação com o cliente. Empresas do vestuário como a Bonobos utilizam o conceito de “guide shop”, isto é, do PDV mais como um espaço de descoberta e experiência que de compra propriamente dita. Nesses estabelecimentos, o público pode experimentar as peças e depois comprar on-line, ou comprá-las virtualmente na loja e recebê-las na comodidade do lar.

Leia também: 5 respostas sobre o novo marketing para o varejo

Direct brands não são um conceito novo, mas a internet facilitou esse modelo. (Foto via Kaboompics.)

Conhecimento e aproximação do público

Outra grande vantagem das direct brands é que, por trabalharem de forma de forma mais centralizada e digital, podem coletar e usar dados a favor do negócio.

Ao depender de revendas, distribuidores e afins, a marca perde o acesso a uma riqueza de informações que há nos pontos de contato com o consumidor. Porém, quando o relacionamento é trazido para o digital, onde há uma possibilidade de mensuração e análise muito mais precisa do comportamento do público, a empresa tem condições de oferecer produtos e serviços cada vez melhores.

O maior foco no consumidor igualmente permite entender melhor a jornada de compra, com as dúvidas, dores e dificuldades que surgem no caminho, para ter melhores resultados nas vendas.

Se a sua empresa também está em busca de outras formas de aumentar o desempenho dos negócios e vender mais, não deixe de ler o artigo “Estratégias para atrair clientes no varejo físico e on-line” em que abordamos diversos temas relacionados ao que acabou de ler. E aqui no portal Negócios SC tem muito mais informações interessantes para você, não perca!

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