O panorama do varejo brasileiro, segundo a NielsenIQ

02/06/2021

Vendas

O panorama do varejo brasileiro, segundo a NielsenIQ

O ano de 2020 foi bastante atípico e difícil em todo o mundo por causa da pandemia. No Brasil, além da crise da saúde, enfrentamos a alta do desemprego, com projeção de alcançar 14,6% da força de trabalho nacional em 2021, a queda de 4,1% do PIB e a alta dos preços.

Mesmo diante desse cenário econômico, o varejo brasileiro tem apresentado resultados positivos, especialmente o varejo restrito. 

No acumulado de 2020, o varejo restrito no Brasil cresceu 1,2% em volume de vendas e 6% em receita nominal. Como comparação, o crescimento em todo 2019, portanto antes da pandemia, foi de 1,8% em vendas e 5% em receita.

A seguir, trazemos mais dados do comércio presentes no estudo “Tendências do varejo brasileiro”, realizado pela NielsenIQ. Acompanhe.

Varejo brasileiro mantém crescimento em 2021

O enfrentamento à pandemia de Covid-19 no Brasil começou na segunda quinzena de março de 2020, ocasionando uma mudança no comportamento de consumo dos brasileiros. A partir desse momento, como aponta a NielsenIQ, as compras de abastecimento tornaram-se mais populares.

Em razão da necessidade de distanciamento social e da menor circulação de pessoas, é natural que o consumidor tenha buscado fazer compras menos vezes, mas em maior quantidade. Isso resultou em um grande aumento na busca por alimentos, produtos de higiene, limpeza e farmácia na semana de 21 de março do ano passado, assim como nas semanas seguintes.

No entanto, observando o valor das vendas em 2021, na comparação com o mesmo período de 2020, percebemos um crescimento do varejo brasileiro. O percentual da evolução semanal das vendas em valor tem se mantido positivo na maior parte deste ano.

(Fonte: Tendências do varejo brasileiro | NielsenIQ)

É claro, a elevação dos preços tem um papel nessa história, mas vale ressaltar que a Pesquisa Mensal de Comércio, do IBGE, aponta um crescimento no varejo restrito também em volume de vendas, de 2,4% em março deste ano em relação ao mesmo mês do ano passado.

Ainda relembramos que no varejo restrito entram os segmentos de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas, fumo, artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, entre outros, excluindo-se materiais de construção, veículos, motos, partes e peças automotivas.

Ou seja, mesmo diante do consumo expressivo que foi visto no início da pandemia, o ano de 2021 alcançou patamares mais elevados.

Leia também: Comércio catarinense tem desempenho acima da média nacional

Bom momento para cidades pequenas e varejo regional

Além das compras de abastecimento, o maior tempo passado em casa trouxe outra mudança no comportamento do consumidor: as compras para o lar tornaram-se mais próximas.

Um dos efeitos do home office e do ensino à distância é que essas práticas descentralizam o comércio. Em vez de realizar as compras nos grandes centros urbanos, pois é ali onde se trabalha ou estuda, o consumidor volta-se à sua área de residência.

Como prova desse fenômeno, o crescimento das vendas em valor descolou-se entre as pequenas e médias cidades, na comparação com os grandes centros. Em 2020, as cidades com menos de 400 mil habitantes cresceram, em média, 54% a mais que as metrópoles em 2020.

Isso destaca a importância de se ter uma divulgação regional no varejo, não só nos canais digitais, mas em meios de comunicação em massa com expressiva identificação local, como a rádio.

Também nesse aspecto mais local, as cadeias regionais do varejo brasileiro vêm em bom momento. Segundo a NielsenIQ, elas foram responsáveis por 63,4% do faturamento do varejo no País. Na região Sul, elas são ainda mais importantes: tiveram 81,4% do faturamento do varejo.

Leia também: A economia do Brasil e as vendas no 2º semestre de 2021

Comércio eletrônico ganha força na navegação móvel

Outro dado interessante presente no estudo “Tendências do varejo brasileiro” diz respeito ao comércio eletrônico feito em dispositivos móveis. Em 2020, o faturamento do e-commerce mobile superou o do desktop, representando 52,5% das compras virtuais. O crescimento foi de significativos 10,7 pontos percentuais na comparação com 2019.

No total de 2020, a alta do faturamento do comércio eletrônico no Brasil foi de 41%, alcançando a marca de R$ 87,4 bilhões.

Considerando o papel cada vez mais predominante da navegação móvel na forma como as pessoas se conectam com a internet, as empresas de varejo precisam dar uma atenção especial à usabilidade de seus canais virtuais nesses dispositivos. 

Quer saber mais sobre os resultados do varejo brasileiro? Então confira o estudo completo da NielsenIQ para baixar em nossa página de pesquisas.

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