O mundo depois do coronavírus: mais 7 tendências para acompanhar

03/06/2020

Marketing

O mundo depois do coronavírus: mais 7 tendências para acompanhar

Como será o mundo depois do coronavírus? Embora seja difícil traçar com todos os contornos como será ou se haverá de fato um novo normal, mesmo os mais céticos na transformação devem concordar que algumas coisas mudarão.

Afinal, momentos-chave na História forçam-nos a encarar a vida em sociedade de outra forma. Recordamos do essencial, resgatamos hábitos passados ou criamos novas alternativas para enfrentar os desafios presentes.

Mas não precisamos inventar nenhum conceito mirabolante para prever o futuro. Basta olharmos para práticas que já estavam ao nosso redor e são fortalecidas pelo cenário da pandemia. Separamos, então, sete tendências para acompanhar e entender melhor o que nos espera. Confira.

7 tendências para acompanhar

Economia da experiência virtual

Essa virtual experience economy foi uma das tendências para acompanhar definidas pela TrendWatching. O conceito de economia de experiência — ou seja, a ideia de criar diferenciais em produtos ou serviços por meio da experiência que proporcionam ao consumidor — não é nada recente. No entanto, agora ganha uma nova dimensão virtual.

No contexto da pandemia, é uma forma de manter o público interessado mesmo que o acesso a determinado serviço esteja restrito. É o caso do turismo virtual, por exemplo, em que se pode fazer tours 360º pelo Japão e outros lugares via internet, visitar os maiores museus do mundo e sítios arqueológicos com o Google, ou ser guiado pela Grécia e pelo Egito antigos dentro do jogo Assassin’s Creed.

Por falar em jogo, a vontade de experiências virtuais diferenciadas é tão grande que as pessoas estão encontrando soluções alternativas para novos problemas. Para superar a fadiga das videoconferências no Zoom ou Hangouts, até o cenário do Velho Oeste de Red Dead Redemption 2 virou palco de reuniões de equipes. Os jogadores-colaboradores podem se reunir em torno de uma fogueira e discutir projetos de um jeito bastante criativo.

Shopstreaming

A demonstração ao vivo de produtos é outro aspecto bem conhecido por marcas e consumidores, basta nos lembrarmos de Shoptime e afins. O que muda agora é a capacidade de encurtar a distância entre a exibição do produto e o ato de compra.

Na TV, a NSC está encurtando a jornada de compra por meio de QR Codes. Na internet, as transmissões ao vivo também servem de vitrine direta para o comércio virtual, com influenciadores mesclando entretenimento, informação e vendas a um toque de suas audiências.

Leia também: Como criar uma loja virtual e vender pela internet?

Cocooning ou encasulamento 2.0

O encasulamento é o ato de as pessoas se recolherem em casa, reduzindo a circulação na rua, e até então estava associado a uma medida de economia ou segurança em períodos de crise.

Uma vez passada a pandemia, teremos ainda bons motivos para continuar aproveitando o conforto do lar. A prática de trabalho remoto está sendo valorizada, há lojas virtuais e serviços de assinatura para entregar o que precisamos em nossa porta e muitas empresas estão se reinventando para ir até o público. Note-se aí a mudança de pensamento: em vez de encarar o encasulamento como perda, ele agora é percebido como ganho.

Locavorismo

Locavorismo significa consumir alimentos produzidos localmente, próximo de onde você está. É outro conceito pré-existente ao novo coronavírus, mas que sai fortalecido como tendência para acompanhar de perto no futuro.

Com a pandemia, vimos os riscos de depender exclusivamente de suprimentos vindos de longe. Sem estímulo à produção local, situações como esta podem implicar interrupção de abastecimento. Mais do que isso, outras tendências, como a busca por maior cuidado com a alimentação e clubes de assinatura de alimentos orgânicos, colocam os holofotes sobre produtores de alimentos mais saudáveis perto de nós.

Leia também: 7 tendências de consumo para o mundo pós-Covid-19

Alimentos do produtor local direto para o lar. (Foto via Freepik)

Bem-estar ambiental

Ambient wellness, ou bem-estar ambiental, pode se referir a diferentes práticas dependendo do quão à frente olhamos. No curto e médio prazo, estamos falando do cuidado que as empresas devem ter para garantir a proteção de clientes e colaboradores. Entram aí a higienização dos espaços, o distanciamento seguro etc.

Mas no pós-Covid-19 ainda teremos outras sérias preocupações sobre os impactos que os negócios têm na sociedade e na natureza. Bem-estar ambiental também diz respeito aos materiais usados em produtos, lojas e fábricas, à sustentabilidade das empresas, à poluição do ar e tantas questões que afetam a saúde do consumidor de uma forma ou de outra.

Soluções abertas

Soluções abertas — sem patente ou propriedade exclusiva — são capazes de salvar milhões de vidas e transformar o mundo para melhor. Da vacina para a poliomielite, ao cinto de três pontos até a produção emergencial de equipamentos de proteção individual (EPIs) e ventiladores mecânicos com impressoras 3D, exemplos não faltam.

Na internet, são conhecidas como soluções open-source, quando o código é aberto para qualquer pessoa usar e aprimorar. Quando enfrentamos um problema em comum, como a pandemia, esse tipo de cooperação é essencial para ter uma resposta rápida e efetiva para o bem de todos.

Leia também: O novo normal: o que é expectativa e o que é fato?

Desenvolvimento assistido 

De acordo com uma pesquisa da Opinion Box, durante o distanciamento social, 18% dos brasileiros iniciaram um curso on-line que ainda não haviam começado. E o aumento na procura pelo aprendizado virtual mostra o potencial do ensino à distância além da educação formal: gostamos de aprender também por diversão ou passatempo.

Aí entra a tendência do desenvolvimento assistido. Basicamente, refere-se ao uso de ferramentas virtuais para o aprendizado humano. Com o maior tempo passado em casa devido ao encasulamento, sobra espaço na agenda para nos desenvolvermos um pouco mais a cada dia.

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