Novos dados para entender o universo dos jogos no Brasil

26/07/2022

Comunicação

Novos dados para entender o universo dos jogos no Brasil

Na busca por oferecer experiências imersivas ao consumidor, vemos um número cada vez maior de marcas mirarem suas atenções no universo dos jogos. A estratégia tem até nome: brand gamification ou brand gaming.

Mas, para a surpresa de alguns, entre as marcas que apostam no mercado gamer temos nomes como Avon, MAC e Gilette. Isso porque o estereótipo de que os fãs de jogos são apenas jovens do gênero masculino não corresponde à realidade atual.

De acordo com a Pesquisa Game Brasil 2022, por exemplo, as mulheres têm uma ligeira vantagem numérica na população gamer brasileira: são 51% delas, frente a 49% dos homens. Além disso, 50,2% dos jogadores virtuais no País têm idade entre 25 e 49 anos. A partir dos 50 anos, ainda temos uma parcela considerável desse público.

Inclusive, o universo dos jogos é tão amplo que podemos classificar diferentes personas dentro dele. Acompanhe a explicação!

O consumo de jogos no Brasil

As marcas brasileiras têm motivos extras para se interessar pelo mercado de jogos eletrônicos e seu público.

Segundo o relatório “Games no mercado digital Brasil: estudo de dados e tendências”, da Comscore, o País ocupa a quarta posição mundial em consumo de jogos. Apenas Estados Unidos, Indonésia e Índia vêm à frente — todos com populações mais numerosas que a brasileira.

Além da imersão que os jogos proporcionam, permitindo às marcas criar experiências altamente engajadoras, o tempo dedicado é outro aspecto que favorece a estratégia de brand gaming. Os jogos eletrônicos aparecem em quarto lugar entre as categorias digitais mais consumidas pelos brasileiros, com mais de 41 bilhões de minutos gastos por mês, ao todo.

Já em termos de frequência, a Pesquisa Game Brasil revela que 36,9% dos jogadores no Brasil jogam on-line todos os dias, enquanto 28,7% praticam de três a seis dias por semana e outros 18% pelo menos uma vez na semana.

Mas esse público não se resume ao consumo de jogos. Mais de 30% dos jogadores vão à academia quatro ou mais vezes por mês, 27,3% vão ao cinema pelo menos uma vez a cada 30 dias e a grande maioria consome conteúdos de outros assuntos. Inclusive, são consumidores bastante ativos no geral: 49,9% deles pertencem às classes econômicas A e B.

Leia também: Como a gamificação ajuda as marcas?

Mulheres representam 51% do público gamer no Brasil. (Foto via Freepik)

Diferentes perfis de público no universo dos jogos

Jogos virtuais não podem mais ser considerados como um mercado de nicho quando 74,5% dos internautas brasileiros têm costume de jogá-los, segundo a Pesquisa Game Brasil.

A Comscore traz um dado ainda mais expressivo nesse sentido. No País, a população gamer alcança a marca de 116 milhões de pessoas. Se considerarmos também o consumo de conteúdo sobre jogos, o público total chega a 132 milhões de usuários únicos.

A maioria desse grupo é formado por receptores, conforme a classificação da própria Comscore, ou seja, por pessoas que não são especialistas ou influenciadores no universo dos jogos, apenas jogam por entretenimento.

Por outro lado, também existe uma grande parcela de público extremamente envolvida com esse mercado.

As personas do universo gamer no Brasil:

Então, antes de a marca entrar com tudo nesse universo, é preciso saber o que espera alcançar com tal estratégia no longo prazo. A partir disso, pode identificar melhor qual persona deve impactar ou com qual delas se associar.

Leia também: Novidade da NSC ajuda a colocar sua marca no metaverso

Dicas para a estratégia de brand gaming ou brand gamification

Existem muitas formas como as marcas podem estar presentes no universo dos jogos. É possível patrocinar eventos de e-sports ou relacionados à cultura gamer, fazer parcerias com influenciadores do segmento, criar seus próprios jogos, proporcionar experiências dentro de metaversos e assim por diante.

No entanto, o mais importante é compreender que os jogos têm comunidades formadas de acordo com as diferentes audiências de cada um. Os negócios que recém entraram nesse universo devem ter cuidado para não impor uma conversa sobre si nas comunidades. Pelo contrário, devem ouvir e adaptar seu discurso para se inserirem aos poucos.

Uma estratégia de brand gaming não deve ser vista como moda ou obrigação porque outras marcas estão fazendo. Jogos eletrônicos são uma realidade cada vez mais presente no dia a dia dos brasileiros e as marcas que quiserem fazer parte dessa rotina devem manter essa ponte fortalecida. É o futuro sendo feito agora.

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