Marketing em tempos de coronavírus: o dilema das marcas

24/04/2020

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Marketing em tempos de coronavírus: o dilema das marcas

Passamos por um momento econômico desafiador e muitas empresas consideram se devem fazer marketing em tempos de coronavírus. Você, inclusive, talvez tenha se perguntado nos últimos dias: vale a pena investir em comunicação agora?

Embora o cenário seja inquietante, queremos tranquilizar você e mostrar que, sim, fazer marketing em tempos de coronavírus não é apenas uma possibilidade, é essencial para a recuperação do negócio. Pense no longo prazo: isso vai passar, Santa Catarina tem um mercado consumidor forte para acelerar a volta à normalidade e a forma como sua marca será lembrada então dependerá da sua postura neste instante.

É claro, torna-se indispensável considerar a melhor forma de fazer suas campanhas durante o coronavírus, repensar os objetivos de marketing e adaptar alguns investimentos. Entretanto, mostraremos a seguir por que continuar se comunicando.

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Quatro razões para fazer marketing em tempos de coronavírus

1) Interromper sua comunicação é prejudicial

Quando a marca deixa de investir em comunicação, ela não perde apenas espaço nas mídias. Ela perde contato com o público que a sustenta.

Pensando no curto prazo, limitar esse contato agora reduz o alcance da marca no momento em que mais precisa gerar faturamento. No longo prazo, pode implicar a perda de mercado para concorrentes que souberam marcar presença na mente do consumidor durante sua ausência.

Uma análise de Kantar/BrandZ ilustra o efeito dessa ausência, quando anunciantes suspendem anúncios na TV por seis meses. As principais perdas são a queda de 39% em reconhecimento da comunicação de marca e menos 21% no total de menções.

Mas o prejuízo não é só à lembrança, é também ao interesse do consumidor, o que afeta a capacidade de recuperação do negócio. A Kantar mostra que, após a crise econômica de 2008, marcas fortalecidas recuperaram-se nove vezes mais rápido que a média do mercado.

Podemos retroceder ainda mais no tempo: durante a recessão dos anos 90, o McDonald’s decidiu cortar os gastos em TV internacionalmente, resultando em uma queda de 28% em vendas. Enquanto isso, redes de fast food como Pizza Hut e Taco Bell aproveitaram-se dessa lacuna e aumentaram as vendas em 61% e 40%, respectivamente.

2) Sua marca precisa informar o público

O segundo ponto que vale destacar sobre por que fazer marketing em tempos de coronavírus é o da necessidade de informar o público. São tempos especiais como este que definem o verdadeiro caráter das pessoas e revelam a essência das marcas. Então, você está mostrando o que seu negócio faz pelas pessoas para ajudar durante a crise do novo coronavírus?

O consumidor busca respostas para ter confiança de comprar com sua empresa. Haverá continuidade no trabalho? Os produtos serão entregues a tempo? Há condições facilitadas de pagamento? O serviço de delivery de bares e restaurantes segue todos os protocolos de segurança? Tudo isso será levado em consideração e seu dever é assegurar o público com informações que o ajudem na decisão de compra.

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Como sua marca pode ajudar o público neste momento? (Foto via Freepik)

3) Atendendo às expectativas dos consumidores

A mesma análise de Kantar mostra que 92% dos consumidores apoiam que as marcas continuem a fazer anúncios durante o coronavírus. Nesse contexto, não é insensível estar presente na mídia neste momento. Mas é preciso adequar-se às expectativas do público.

O que os consumidores esperam das marcas:

As empresas também podem ganhar pontos a mais com o público-alvo ao comunicar os cuidados que estão tendo com os colaboradores no ambiente de trabalho, apresentar planos para continuar o abastecimento de produtos ou serviços e apoiar iniciativas solidárias na comunidade em que está presente.

4) As mídias essenciais estão em alta

Mesmo antes do coronavírus já podíamos dizer que as mídias essenciais apresentavam um ótimo potencial de retorno de investimento em publicidade para as marcas. Este novo cenário trouxe ainda mais vantagens para os anunciantes: maior audiência e maior relevância do meio.

Ainda de acordo com a consultoria internacional, o maior tempo passado em casa e a busca por atualizações em fontes confiáveis de informação resultou em um aumento de 63% no consumo da televisão, enquanto rádio e jornais tiveram um aumento perto dos 30%.

No Brasil, o número de brasileiros assistindo à TV ao meio-dia subiu 102%. À noite, o crescimento foi de 120%.

A confiança do público das mídias essenciais também é um fator de destaque. Televisão e jornais lideram o índice de confiança do público como fonte de informação, entre todos os meios no Brasil, segundo uma pesquisa recente do Instituto Datafolha. Estar presente nessas mídias é participar do interesse dos brasileiros e aumentar a confiabilidade da marca.

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