A relevância da marca e o papel da empresa na crise

06/04/2020

Marketing

A relevância da marca e o papel da empresa na crise

Para manter a relevância da marca em meio à crise do novo coronavírus, as empresas precisam agir. Muito mais que discursos, são as ações que definirão aos olhos do público o posicionamento delas.

O momento é de muita incerteza, mas tudo indica que ainda conviveremos com o impacto do novo coronavírus por alguns meses. Primeiro, freando o surto inicial; depois, lidando com novos ciclos do vírus e com a questão do distanciamento social.

Não à toa, a publicação Campaign define que estamos em guerra e todas as empresas são chamadas a cumprir seu papel. A definição ecoa o pensamento de Angela Merkel, chanceler da Alemanha, que comparou o desafio de superar o coronavírus ao da 2ª Guerra Mundial.

Mas, antes de partir para ação, existem alguns pontos que sua empresa deve considerar agora.

5 pontos para manter a relevância da marca

Hora de comprovar seu propósito

Costumamos falar aqui da importância de ser uma marca com propósito definido e se fortalecer não só comercialmente, mas institucionalmente. E quando falamos de propósito, não se trata apenas de uma mensagem bonita na página de missão, visão e valores da empresa. É viver essas palavras no dia a dia.

Agora a sua missão de melhorar a vida do consumidor será posta à prova. Que soluções, alternativas e flexibilizações sua empresa pode oferecer neste momento?

Como diz a sabedoria popular: é nos momentos difíceis que conhecemos nossos verdadeiros amigos. Manter ou conquistar um público fiel nesta hora depende da sua capacidade de materializar a missão, a visão e os valores do negócio.

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Escolha suas batalhas

Existem inúmeras maneiras de ajudar no combate ao coronavírus. Algumas empresas conseguem ter uma atuação mais direta nessa luta, com a produção de itens de higiene para doar, como a WEG, ou de uso hospitalar, como uniformes pela Hering.

Outras empresas estão adaptando serviços para oferecer soluções específicas para este momento. O laboratório Santa Luzia reforçou o atendimento domiciliar e isentou de taxa as pessoas acima de 60 anos. A OLX criou uma área dentro da plataforma exclusiva para doações. O Shopping Itaguaçu está ajudando o público a aproveitar melhor o tempo em casa.

Sua empresa não conseguirá batalhar em todos os frontes ao mesmo tempo nem na mesma dimensão que outras companhias. Por isso, escolha suas batalhas e comece ajudando seu público-alvo como puder, seja oferecendo uma solução, seja doando a quem precisa.  

Decisões rápidas

Tempos extraordinários requerem medidas extraordinárias. Neste momento, processos de tomada de decisão devem ser encurtados e “desengessados” para que se possa agir onde seja necessário.

Um caso exemplar disso é o do grupo LVMH, responsável por grandes marcas como Christian Dior e Louis Vuitton. A aprovação para que uma das fábricas de perfume da Dior passasse a produzir álcool em gel veio por mensagem no WhatsApp de Bernard Arnault, diretor executivo. Nada de comitês ou apresentações de Power Point.

Portanto, mantenha os canais internos abertos e reduza as hierarquias para que as ideias e ações possam fluir rapidamente.

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Pequenas doações podem fazer uma enorme diferença. (Foto via Freepik)

Tudo é marketing

No Brasil, a Ambev também está destinando uma das fábricas para a produção de álcool em gel. A iniciativa não partiu do marketing, mas tem contribuído fortemente para melhorar a percepção da marca com esta ação.

Extrapolando esse pensamento, podemos dizer que o inverso também é verdadeiro: qualquer ação fora da área de marketing pode prejudicar a empresa e diminuir a relevância da marca. Todos os colaboradores, de qualquer nível, devem ter imenso cuidado com declarações públicas que possam gerar uma repercussão negativa entre o público.

Um por todos, todos por um

O último ponto que desejamos destacar é a necessidade de colaboração entre as empresas para o enfrentamento à crise do novo coronavírus. Não são apenas negócios específicos que estão sendo afetados, mas cadeias produtivas inteiras.

O momento pede mais cooperação que competição. Nesse sentido, a metáfora de estarmos todos no mesmo barco nunca foi tão verdadeira: se todos remarmos para a mesma direção, navegaremos mais facilmente por essas águas tumultuosas.

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