12 erros comuns ao escolher o nome de uma empresa ou marca

27/01/2019

Marketing

12 erros comuns ao escolher o nome de uma empresa ou marca

Costuma-se dizer que uma imagem vale mais que mil palavras, mas quando uma dessas palavras é o nome de um negócio ela equivale à própria imagem da marca.

Infelizmente, não existe uma fórmula secreta ou uma receita definitiva para se criar um bom nome. A Amazon, por exemplo, atualmente a empresa mais valiosa do mundo, ia se chamar Relentless (implacável, em tradução literal). Graças a conselhos de amigos, Jeff Bezos, CEO, escolheu o nome pela qual a conhecemos hoje folheando o dicionário. Na letra A, ele encontrou “Amazon”, em referência à Amazônia e sem qualquer ligação direta com seu negócio. Mas precisamos admitir que funciona muito bem.

Pelo lado positivo, existe um padrão na criação de nomes inadequados que nos permite analisar o que deve ser evitado. É exatamente sobre isso que falaremos a seguir, acompanhe!

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12 erros mais comuns em nomes de empresas e marcas

  1. A escolha é apressada

O desenvolvimento de um negócio é sem dúvida um assunto complexo e exige a atenção do empreendedor nos mais variados aspectos. O problema é quando a identidade da empresa fica para a última hora e não há tempo o suficiente para tomar uma decisão embasada. Acelerar esse processo e se ver obrigado a escolher um nome porque não há mais prazo pode trazer um impacto negativo em longo prazo.

  1. É difícil de escrever

Experimente ter de soletrar para alguém nomes como J. Walter Thompson e Hewlett-Packard. É um desafio e tanto, por isso tais empresas são mais conhecidas como JWT e HP. Para quem está começando a empreender agora, especialmente nesta era em que as buscas na internet representam uma importante forma de descoberta de novos negócios, vale deixar a escrita a mais simples possível.

  1. Não soa bem

Imagine uma marca chamada “Três Tigres” e na probabilidade de as pessoas errarem sua pronúncia com certa frequência. Portanto, antes de escolher o nome, repita-o em voz alta para ter certeza de que não há problemas de cacofonia, trava-língua ou sucessão de sons sibilantes (similar a essa).

Contudo, a entrada em novos mercados pode alterar a pronúncia ou até mesmo o nome da empresa. No Brasil, a francesa Leroy Merlin é dita de uma forma bem diferente do “lerruá merlã” no idioma original, assim como a norte-americana Motorola é apenas Moto no Japão, pela dificuldade de os japoneses pronunciarem a letra R.

  1. Tem associações involuntárias

Pior do que soar mal é ter um sentido não desejado, até mesmo pejorativo. Isso pode acontecer por causa de uma ênfase diferente nas palavras, como no clássico samba de Bezerra da Silva “Cocada Boa”, ou por inadequação ao idioma de um novo mercado, a exemplo de uma empresa metalúrgica brasileira que se chamasse Embar Aço e fosse conhecida na Argentina como “embarazo” (gravidez, em espanhol).

  1. É pessoal

O recomendado é que o nome seja uma referência atemporal. Então, quando se nomeia a marca com algo que só faça sentido interno, não há referência para o público, e quando se usam nomes próprios perde-se a atemporalidade. Um exemplo típico são as agências de publicidade com iniciais de sócios, que precisam ser rebatizadas a cada alteração no quadro diretor.

  1. O público não entende

É difícil imaginar que a Amazon teria a mesma fama se Jeff Bezos insistisse no nome Relentless. Não só é mais difícil de escrever como só faz sentido em inglês, o que implicaria uma enorme perda em seu alcance global. Isso vale como cautela inclusive ao nomear marcas brasileiras com palavras estrangeiras — de nada adianta ter uma ideia espetacular e não falar a mesma língua do público-alvo.

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  1. Já existe um nome igual ou muito similar

A primeira reação ao surgimento de um nome que pareça bom deve ser uma consulta ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) à procura de marcas que tenham a mesma escrita ou que sejam foneticamente similares. Acredite, esse simples gesto pode evitar grandes dores de cabeça e longos processos judiciais no futuro. Se não houver conflito de propriedades, procure um advogado para fazer o registro o quanto antes e garantir seu direito exclusivo de uso.

  1. Segue uma tendência passageira

Pense da seguinte forma: comparado com agora, o nome da marca deve ter a mesma ou até maior relevância daqui a cem anos. Por isso, é sugerido evitar expressões, gírias ou referências culturais passageiras.

  1. Limita a atuação da empresa

Seguindo o mesmo raciocínio de ter uma perspectiva de longo prazo, evite definir o negócio de uma forma que o impeça de expandir no futuro. Por exemplo, se o Google se chamasse originalmente BuscaSites, seria muito mais complicado e mais custoso para a empresa integrar outras soluções que surgiram com o tempo, como o Google Hangouts, Google Analytics e Google Ads.

  1. É genérico

Do outro extremo, há os nomes genéricos demais. Eles não diferenciam a marca, sendo esquecidos com mais facilidade, e ainda dificultam as buscas on-line. Imagine falar sobre ou ter de encontrar a Netflix se ela se chamasse Filmes & Séries.

  1. Não foi testado

É importante testar pelo menos a melhor opção com o máximo possível de pessoas, preferencialmente do público-alvo. Isso abre o leque de leituras do nome e permite identificar se a impressão causada é a mesma que a desejada, se o entendimento e a pronúncia ocorrem sem problemas, se há associações ainda não percebidas etc.

  1. As melhores urls estão ocupadas

Com a maior flexibilidade de domínios para sites hoje em dia, a disponibilidade do endereço virtual não deve ser prioritária na escolha do nome, mas é bom levar em conta essa informação e comprar o domínio mais acessível o quanto antes. Outra dica é ver se os nomes de usuário nas redes sociais estão disponíveis, sempre com a mesma identificação.

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